Por Abílio Lourenço Martins

Estou prestes a sentir a alegria de ser vovô.

Para ficar mais próximo da nossa filha e do futuro e primeiro netinho, estamos, minha mulher e eu, cá, em Niterói.

 

A emoção e a ansiedade se misturam e aumentam a cada amanhecer desde que aqui chegamos no dia 20 de maio. O ano é 2015.

A expectativa nossa e da futura mamãe é que ele nasceria entre os dias 20 a 27 de maio. Daí a razão da grande ansiedade, pois já se passaram quatro dias da data prevista.

Ao acordarmos hoje, dia primeiro, fomos informados que a nossa filha se encontrava no hospital após uma noite desassossegada, sentindo constantemente as pontadas aceleradas do Marcelinho.

Corremos à Maternidade São Francisco. Lá, no quarto 107, estava a minha princesa com as mãozinhas sob a barriga, olhos lacrimejados de dor ou alegria, não sei, aguardando a maca para se dirigir à sala de parto.

Às 11:30h, devidamente paramentada, despede-se levando a sua dor e alegria nos deixando a imensa ansiedade.

Imediatamente nos dirigimos ao terceiro andar onde se encontrava o berçário. Por trás de uma imensa parede de vidro lá estavam pequenos bonequinhos de carne com apenas uma, duas ou três horas de vida. Nesse período mais duas criaturinhas chegaram para compor aquele seleto time de anjinhos. E nós ansiosos, aguardando o netinho.

Às 12:15h desce as escadas o médico trazendo um pedacinho de gente numa das suas mãos. Atrás, o Lluis. Era o Marcelinho.

Levaram-no até a parede de vidro para a apresentação primeira. Minha mulher e eu, por trás, sem poder tocá-lo, ficamos extasiados, apenas sorrindo e chorando lágrimas de amor.

Niterói, 3 de junho de 2015